Hipertensão: principais causas e como se prevenir
Conhecida popularmente como pressão alta, a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é classificada como doença crônica não transmissível. Ela é caracterizada pelo excesso de pressão da corrente sanguínea sobre as artérias — especificamente quando os valores atingem ou superam o índice de 140/90 mmHg (a chamada pressão 14/9).
No Brasil, dados do Ministério da Saúde indicam um aumento de 3,7% no total de pessoas diagnosticadas com hipertensão em somente 15 anos. O órgão também salienta que o maior crescimento atinge a população de homens: 5,9%.
Por outro lado, a mortalidade de mulheres por doenças hipertensivas na última década, aproximadamente, foi maior, com 33.468 casos. Isso demonstra que todos nós precisamos nos atentar para as causas, sintomas e formas de prevenir a hipertensão.
Confira essas e outras informações importante sobre o tema a partir de agora!
Causas
Por ser uma condição médica hereditária, a probabilidade de manifestação dessa condição médica aumenta conforme o registro anterior em nossas mães ou pais biológicos.
Se o pai ou a mãe tiverem pressão alta, as chances de um filho ter a doença gira em torno de 25%. Caso ambos sejam pessoas com hipertensão, o risco sobe para 60%, o que exige ainda mais cautela com relação à mudança de hábitos de vida.
Afinal, a manutenção de certos padrões alimentares ruins, como a ingestão descontrolada de bebidas alcoólicas ou exagero no uso do sal, favorecem o quadro de pressão arterial elevada.
O tabagismo e o consumo de alimentos com altas concentrações de colesterol, combinado com o sedentarismo, pioram a situação. Por sinal, quadros de obesidade tendem a acelerar o processo de desenvolvimento da pressão alta.
Outros fatores que merecem atenção são:
pessoas com diabetes;
estresse excessivo;
idade: homens com até 50 anos, e mulheres com mais de 50 anos.
Sintomas
Silenciosa, a hipertensão é mais uma daquelas condições médicas que só exibem sintomas em estágios avançados ou em episódios caracterizados pelo aumento repentino e totalmente fora dos padrões normais. Nessas circunstâncias, o indivíduo pode apresentar:
cefaleia;
dor no peito;
tonturas;
fraqueza corporal;
sonolência;
zumbido nos ouvidos;
sangramento nasal;
visão embaçada.
Complicações
A hipertensão é um fator de risco frequentemente associado ao desenvolvimento de complicações cardiovasculares, as quais, por sua vez, são a principal causa de morte em todo o mundo. Entre as mais comuns, podemos citar o infarto agudo do miocárdio (ataque cardíaco), a mal súbito e o AVC (Acidente Vascular Cerebral).
Além do coração e do cérebro, outro órgão que sofre com a pressão arterial descontrolada são os rins, o que pode acarretar a insuficiência renal. Os olhos são igualmente impactados, sendo que a compressão dos vasos que passam pela região do globo ocular pode ocasionar a perda da visão.
Tratamento
A abordagem terapêutica depende do nível de hipertensão. Os quadros mais leves favorecem tratamentos não medicamentosos. Trata-se de uma tentativa baseada na mudança do estilo de vida da pessoa.
Basicamente, o paciente recebe orientações para interromper a rotina nociva que mencionamos anteriormente. Logo, fumar, exagerar no álcool e ostentar níveis de estresse nas alturas são hábitos que devem ser abandonados a qualquer custo.
A adoção da prática regular de atividades físicas, uma alimentação mais regrada e os cuidados com a saúde mental são vitais. Dessa forma, é possível equilibrar o peso corporal e os índices de estresse.
De acordo com avaliação clínica, talvez seja necessário complementar o tratamento com a adoção de remédios vasodilatadores. As versões atualizadas tendem a provocar menos efeitos colaterais, mas vale a pena tirar essas dúvidas com seu médico.
Prevenção e controle
Para prevenir a hipertensão, é essencial passar a adotar hábitos de vida saudáveis, como mostramos há pouco. Na hora de fazer as refeições, por exemplo, é importante seguir um cardápio adequado. Uma dica é pedir a ajuda de nutricionistas.
Com relação ao bem-estar mental, passe a recorrer a técnicas de relaxamento, como meditação e yoga. Visitar museus, ler obras de literatura e sair para passear calmamente também são maneiras eficazes de acalmar os nervos e arejar a mente. Essas medidas nos protegem do aumento do estresse.
Quanto aos cuidados com o corpo, invista na criação de uma rotina. Para facilitar, siga algumas dicas eficazes para melhorar sua saúde física. A partir de um plano de ação, fica bem mais fácil manter o ritmo e a frequência dos exercícios ao longo das semanas. Apenas certifique-se de consultar um cardiologista antes de iniciar qualquer prática esportiva.
Por fim, é vital medir sua pressão arterial da forma correta. Segundo o Ministério da Saúde, o ideal é que pessoas com mais de 20 anos realizem o procedimento uma vez ao ano. Se houver histórico familiar positivo de pressão alta, a recomendação é de, ao menos, duas medições no mesmo período.
Seguem algumas dicas para mensurar sua pressão arterial da maneira adequada:
esteja em um ambiente calmo;
permaneça em repouso e em silêncio (sem conversar);
mantenha as pernas descruzadas e os pés totalmente apoiados no chão.
Se você ingeriu álcool, café ou praticou exercício físico nos últimos 30 minutos, aguarde para fazer a medição. No mais, sugerimos que registre os resultados em um diário.
Nesse caderno de registros, o ideal é anotar data e hora do procedimento, os valores obtidos e as características daquele dia. Caso tenha ocorrido algum evento que gerou preocupação ou agitação, aponte-o no diário.
Como vimos, a hipertensão é uma doença silenciosa e que, portanto, precisa de máximo cuidado. Além da herança hereditária, nosso estilo de vida também interfere no nível da nossa pressão arterial.
Agora, você já sabe que é fundamental manter uma alimentação equilibrada, evitar o cigarro e adquirir o hábito de medir a pressão arterial. Essas são medidas preventivas e que favorecem o diagnóstico precoce da hipertensão.
Por falar nisso, aproveite para descobrir os principais exames preventivos para manter sua saúde em dia!
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