Outubro Rosa: como acolher pessoas com câncer no trabalho

Assim como acontece no Setembro Amarelo, falar abertamente sobre o Outubro Rosa também contém certa parcela de tabu. Afinal, se tanto o suicídio quanto o câncer estão intimamente associados à valorização da vida, também é inegável que ambos compreendem o risco de morte. 

Aceitar esse fato é indispensável para que essas e outras campanhas de saúde que colorem os meses ao longo do ano cumpram seu papel preventivo. A questão precisa ser tratada com a seriedade e o tato que exige, e não com frágeis tentativas de romantizar uma situação que, no fundo, está fora do nosso controle. 

Para ilustrar: quem recebe um diagnóstico de câncer de mama não espera que as pessoas digam frases do tipo “vai dar tudo certo”. Além de gerar um otimismo exagerado e irreal, esse tipo de comentário tende a aumentar o estresse, sob o risco de contribuir para crises de ansiedade

Por outro lado, é certo que atitudes adequadas podem ajudar a proporcionar um pouco de tranquilidade em um momento tão delicado. Mas, então, fica a pergunta: qual seria a melhor forma de reagir e demonstrar suporte a colegas de trabalho que precisam lidar com o diagnóstico, iniciaram ou já concluíram um tratamento oncológico? 

No meio corporativo, essa é uma orientação que cabe ao RH e que é feita em conjunto com profissionais de psicologia experientes no assunto. Para ajudar, selecionamos alguns comportamentos defendidos por esses especialistas. Confira! 

Tire o foco da doença 

Cada indivíduo encontra um jeito de se adaptar às circunstâncias. No caso de um paciente com câncer que tenta manter sua rotina de trabalho, ver a doença se transformar em um tema central de conversas cotidianas pode abalar as estruturas da sua saúde emocional. 

Por mais que existam indivíduos que manifestem um controle maior sobre suas emoções, é conveniente e empático abordar outros assuntos. Até porque pessoas naturalmente tímidas podem se sentir sufocadas.  

Em vez de perguntar como a pessoa está todos os dias, experimente apenas demonstrar que você está presente para ouvir e auxiliá-la se for necessário.  

Evite comparações 

Existem alguns hábitos comuns, expressos espontaneamente em conversas que temos com familiares, amigos e colegas. Com a intenção de participar do bate-papo, somos tentados a relatar experiências próprias ou de pessoas próximas que estejam relacionadas ao tema. 

Porém, no contexto de doenças graves, como o câncer de mama, a realização de comparativos costuma ser bem problemática. Vale para qualquer uma das fases em questão — do diagnóstico ao término do tratamento proposto. 

Basta lembrar, por exemplo, que cada organismo reage de uma maneira específica às abordagens terapêuticas normalmente utilizadas para tratar o câncer. 

Em outras palavras, aqueles excelentes resultados obtidos por meio de determinado tratamento que você viu em algum lugar não garantem, necessariamente, a cura para todas as pessoas. Existem complicações do quadro que, às vezes, até mesmo as pessoas mais íntimas desconhecem.  

Fique à disposição para escutar

Como comentamos brevemente há pouco, manter-se aberto para escutar um simples comentário ou um profundo desabafo, é o que mais importa. A importância aumenta à medida que os funcionários da empresa se mostrem, de fato, dispostos a interromper o que estiverem fazendo para prestarem atenção ao outro

Às vezes, tudo o que o paciente em tratamento do câncer precisa é de alguns minutos de escuta ativa. Por mais que a correria do dia a dia impere no seu setor, vale a pena se doar um pouco para fornecer amparo sob forma de atenção. 

Além dos eventos que acontecem ao longo do Outubro Rosa, é essencial que todos da empresa compreendam o impacto do trato diário na qualidade de vida das colaboradas com câncer de mama. Com cuidado, empatia e solidariedade, podemos fortalecer a saúde emocional delas sem sermos invasivos. 

Sabemos, entretanto, que a interação social apropriada é somente parte do conjunto. A organização deve oferecer uma infraestrutura de acolhimento pronta para suprir as necessidades de saúde das colaboradoras. 

Na Sanus, temos um time multidisciplinar de saúde, composto por profissionais de enfermagem, psicologia e de diversas especialidades médicas. Por meio de atendimento humanizado, prestamos todo o apoio às colaboradoras — do início ao fim da jornada. Tudo isso de modo rápido, ágil e, é claro, humano. 

Se você ainda não conta com as facilidades do time de saúde da Sanus, peça ao seu RH!

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Imagem: Freepik

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