Saúde do homem: os principais cuidados que você deve ter

Na primeira metade do ano de 2022, mais de 1 milhão de mulheres passou por um consultório ginecológico. No mesmo período, apenas cerca de 200 mil homens se consultaram com um urologista. Os dados são de um levantamento da SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) e revelam o quanto a saúde do homem anda negligenciada. 

A situação piora, se considerarmos que 62% da população masculina busca ajuda médica apenas quando sente alguma dor insuportável. Essa espécie de fuga do consultório médico dificulta e atrasa os diagnósticos tanto do desenvolvimento como do agravamento de doenças. 

Para mudar esse cenário, é fundamental que haja uma transformação cultural. O ideal é que o processo comece na infância e se mantenha ao longo da adolescência e de todos os estágios da fase adulta. Mas se você precisa dar os primeiros passos agora, ainda há tempo. 

Então, que tal começar a praticar hábitos que fortalecem a saúde do homem e melhoram sua qualidade de vida? Você pode dar os primeiros passos dessa mudança hoje mesmo. Vamos lá! 

Reveja seus hábitos alimentares 

Como se sabe, uma alimentação precária contribui para a geração ou piora de diversas doenças, como o diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e diferentes variedades de câncer. 

Existem diversos aspectos que impactam a qualidade da alimentação, como a idade e o nível educacional. Em uma recente pesquisa feita com funcionários de várias empresas, por exemplo, 82% admitem que se alimentam mal

Se avaliarmos apenas o padrão alimentar de homens e mulheres, a história mostra que elas se alimentam melhor do que eles. Um bom exemplo é a ingestão de frutas e hortaliças, em que o consumo da população feminina é quase 10% superior ao da população masculina. 

Especialistas reforçam a necessidade de se criar um paladar saudável já na infância. Quando o padrão é irregular, fica mais difícil — mas não impossível — corrigir depois. Se, quando era criança, você costumava comer muitos alimentos açucarados e com alto teor de gordura, é provável que sinta falta desses elementos enquanto adulto. 

Essa constatação está presente em artigo publicado na revista científica Science Advances. A boa notícia é que possível reverter a situação, desde que você tenha uma certa pitada de paciência e persistência na hora de incluir e manter outros tipos de alimentos no cardápio semanal. 

A primeira coisa a se fazer é conhecer alguns mitos ligados à alimentação. Para prevenir o diabetes tipo 2 e outras doenças, é fundamental priorizar alimentos integrais e fibrosos, que ajudam a evitar picos de glicemia, além de favorecer a liberação gradativa da glicose no sangue. 

Na hora da sobremesa, evite doces. Lembre-se que o objetivo é privilegiar uma dieta equilibrada e com baixo índice calórico. Desse modo, é possível diminuir o risco de sobrepeso ou obesidade, aspectos totalmente ligados à piora da doença. 

Nesse sentido, é igualmente recomendado consumir a versão crua desses alimentos, pois ela proporciona maior concentração de fibras. Aqui, repare que as fibras solúveis diminuem o volume de gordura (colesterol) e de açúcar da corrente sanguínea, enquanto as insolúveis promovem maior saciedade. O ideal é que haja 15 g de fibras para cada 1000 kcal

Ao mesmo tempo, mantenha distância dos produtos ultraprocessados, como refrigerantes, sucos prontos, salgadinhos, macarrão instantâneo, biscoitos etc. Há duas boas razões para isso. Em primeiro lugar, são alimentos viciantes, o que pode favorecer o ganho de peso excessivo

Além disso, esses itens costumam ser ricos em sódio, gorduras e açúcar. Nesse ponto, também é preciso ter muita atenção com produtos rotulados como diet ou light. O primeiro tipo indica a ausência total de um desses elementos: sódio, gordura, proteína ou, é claro, açúcar. O segundo é caracterizado pela redução de 25% desses compostos. 

Contudo, tenha em mente que, em ambos os casos, existe uma compensação. Produtos com pouco ou completamente nenhum açúcar tendem a conter mais gordura do que o normal, por exemplo. Logo, fique atento ao rótulo. No geral, é preferível evitar esse tipo de item e, sempre que houver dúvida, seguir a orientação específica do seu médico

No mais, mate a sede preferencialmente com água, em vez de recorrer a sucos artificiais ou quaisquer outras bebidas industrializadas (gaseificadas ou não), como os já mencionados refrigerantes, energéticos, cerveja etc. 

Pratique atividade física regularmente 

A prática regular de exercício físico é vital para manter o organismo e a mente saudáveis, condição que ajuda a evitar o risco de inúmeras doenças. Enquanto você caminha, corre ou pedala, por exemplo, seu corpo equilibra o teor de glicose no sangue. O efeito se mantém, em média, de 2 a 48 horas depois da atividade

Outro aspecto de destaque se refere à contribuição do exercício físico à prevenção de complicações vasculares. Isso porque há uma diminuição da intensidade dos processos inflamatórios que acometem os vasos sanguíneos devido a problemas de absorção da insulina ou ao excesso de glicose no sangue. 

De maneira ampla, mudanças do estilo de vida previnem o diabetes tipo 2 em 58% para quem tem um conjunto de fatores de risco, como: 

  • histórico familiar positivo para a doença; 

  • hipertensão; 

  • sobrepeso ou obesidade; 

  • alterações da glicemia em jejum; 

  • registro de problema cardiovascular. 

Consuma bebidas alcoólicas com moderação 

Mesmo em pessoas saudáveis, é importante dizer que a presença do álcool no organismo interrompe ou interfere em diversos processos que estão em andamento até que o composto seja devidamente metabolizado. Soma-se a isso alguns aspectos que você precisa saber. 

Para qualquer pessoa, o consumo de álcool gera uma variação da taxa de glicemia para cima e para baixo. Em doses baixas, principalmente de bebidas mais calóricas (cervejas e vinhos suaves, por exemplo), o índice glicêmico vai lá para cima. Já o excesso tende a derrubar a concentração de glicose no sangue, ao ponto de deixar o indivíduo com um quadro de hipoglicemia. 

No caso do portador de diabetes, o problema passa a ser muito maior, pois a doença é caracterizada pela incapacidade fisiológica de levar a glicose do sangue para as células. Na prática, para uma pessoa com diabetes funciona assim: 

  • baixo consumo de álcool — a glicemia sobe porque a bebida é calórica e o corpo não regula o excesso de glicose no sangue; 

  • alto consumo de álcool — quadro de hipoglicemia grave, pois o fígado fica impedido de liberar glicose para o sangue. Além da dificuldade natural de absorver a glicose, o organismo passa a ter que lidar com a escassez da substância. 

Tenha em mente que essas e outras orientações são gerais, ou seja, estão sujeitas a alterações de acordo com as particularidades de cada indivíduo. Para obter recomendações individualizadas, é fundamental que você adquira o hábito de ir ao médico periodicamente, e não somente diante de um grande incômodo. 

E se você não sabe nem por onde começar, conte com a Sanus para facilitar sua vida. Para tirar dúvidas sobre exames e agendar consultas com os especialistas adequados, basta chamar nosso time de saúde no WhatsApp. 

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