Setembro Amarelo: 6 tipos de transtornos mentais comuns
Você sabia que mais de 95% dos casos de suicídios estão relacionados ao desenvolvimento ou ao agravamento de alguma variante de distúrbio mental ou emocional. Por isso, precisamos aproveitar este Setembro Amarelo para falar sobre os tipos de transtornos mentais que acontecem com maior frequência.
No topo das principais causas de incapacitação para o trabalho em países da América Latina, Central e do Norte, a depressão e a ansiedade generalizada são as doenças psíquicas mais conhecidas. Contudo, existem outras enfermidades que merecem nossa atenção.
Afinal, todas elas afetam nosso bem-estar e, se não tratadas adequadamente, podem comprometer seriamente diversas esferas de nossas vidas. Setembro é um mês que nos convida a cuidar melhor da saúde mental e ter a iniciativa de buscar ajuda sempre que for necessário.
Conheça, a seguir, 6 tipos de transtornos mentais bem comuns, seus sintomas de destaque e as abordagens terapêuticas normalmente utilizadas em cada um deles.
1. TAG (transtorno de ansiedade generalizada)
A partir do momento em que ultrapassa um limiar, a ansiedade deixa de ser apenas uma sensação de incômodo para se converter em transtorno. Nesse último caso, os sintomas característicos do estado ansioso, como aceleração dos batimentos cardíacos, passam a ser recorrentes e muito mais intensos do que o normal.
Quem sofre de TAG alimenta uma apreensão a respeito de quase tudo o que envolve o seu cotidiano. Desde que seja de leve a moderada, existem algumas técnicas que ajudam a controlar a ansiedade no dia a dia. Se o problema se tornar generalizado, a busca de apoio especializado é indispensável.
Além de exaustão mental e emocional devido às recorrentes preocupações, as pessoas acometidas pela ansiedade generalizada também desenvolvem sintomas físicos:
tensão nos músculos;
sudorese excessiva;
constante perda de foco;
incômodo estomacal;
diarreias;
frequência cardíaca intensa.
O tratamento completo deriva das observações obtidas nas sessões de terapia, conduzidas por psicólogo. Conforme necessário, o especialista recomenda diferentes abordagens, que podem combinar o uso de medicamentos com técnicas de relaxamento, como a meditação.
2. Dependência química
Você leu certo: ao contrário do que a maioria das pessoas imagina, a dependência química é classificada como transtorno psiquiátrico. Por dependência, é essencial compreender que o indivíduo é tomado pelo consumo compulsivo de certas substâncias, como bebidas alcóolicas e as mais variadas vertentes de drogas.
Além de si mesmo, o dependente químico costuma colocar a vida de diversas pessoas, inclusive aquelas mais próximas, em risco. O problema também pode ser em dobro, já que boa parcela dessa população carrega algum outro transtorno mental ou emocional consigo.
Entre os sintomas, chamam a atenção os profundos episódios de instabilidade emocional, frequentemente vinculados a momentos de raiva e ações impensadas. Com o aumento da insônia e a alimentação precária, há pessoas propensas a ficarem cada vez mais ansiosas e com relatos de mania de perseguição.
Normalmente, o tratamento abrange tanto psicoterapias individuais e em grupos. O compartilhamento de experiências com outros dependentes fica a critério do psicoterapeuta, encarregado de avaliar se a pessoa está preparada para essa interação social.
Paralelamente, a prescrição de remédios pode contribuir para amenizar as mudanças de humor, a ansiedade e reações típicas do período de abstinência.
3. Transtorno depressivo persistente
Igualmente chamado de distimia, esse tipo de transtorno mental se caracteriza por um pessimismo crônico e uma visão cinzenta ininterrupta da própria vida. Nesse momento, você pode pensar que todo mundo fica de mau humor de vez em quando ou com uma frequência maior do que outras pessoas.
No entanto, as pessoas com distimia assumem um comportamento pessimista de maneira contínua. Elas sempre (ou quase isso) tendem a enxergar o pior lado das coisas, mesmo que alguém tente apresentar outras perspectivas positivas. Esse quadro se mantém de forma persistente e sem motivo aparente para tal.
Na prática, é como se o indivíduo passasse o dia inteiro com um peso nas costas. As principais consequências são:
enorme dificuldade para pegar no sono;
baixa capacidade de concentração;
debilitação da memória;
falta de energia até para a realização das atividades cotidianas mais simples;
ausência de apetite;
irritabilidade.
A recuperação da saúde mental e emocional é feita à base de terapias associadas ao uso de antidepressivos.
4. Depressão
Aqui, a referência é a chamada depressão clássica, também conhecida como depressão maior. No continente latino-americano, a população brasileira é a que apresenta a maior prevalência da doença.
O cenário é preocupante, uma vez que se trata de um dos transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT) que levam os colaboradores a pedirem o afastamento de suas funções nas empresas. Além disso, a depressão maior está fortemente atrelada aos casos de suicídios.
Com sintomas que transitam em diferentes níveis, a doença pode prejudicar as noites de sono, alterar o apetite e, assim, reduzir nossa reserva energética habitual. Do ponto de vista físico, podem surgir dores musculares, cefaleias e desconfortos em outras partes do corpo.
Emocionalmente, a tristeza é profunda e marcante, geralmente acompanhada de:
pessimismo acentuado com relação à própria vida e ao mundo, de modo geral;
baixa autoestima;
desinteresse por atividades antes prazerosas.
De forma ampla, a abordagem envolve a mescla de psicoterapia e prescrição de medicação com ação antidepressiva. Tudo varia de acordo com o diagnóstico de cada quadro e segundo a intensidade dos sintomas manifestados por cada paciente.
5. Transtorno explosivo intermitente
Como o nome sugere, trata-se de um quadro associado a acessos de raiva. Imprevisíveis, os rompantes agressivos podem tanto se limitar à violência verbal ou gestual como chegar ao aspecto físico.
Os atos acontecem devido a impulso que, para o indivíduo, é incontrolável. Os episódios podem chegar ao fim após alguns instantes ou se prolongarem por algumas horas.
As consequências desses ataques impulsivos de raiva adquirem graus distintos. Porém, é importante frisar que, no momento em que o impulso destrutivo passa, a pessoa que sofre com o distúrbio é tomada por uma densa ressaca moral.
Como sabemos, qualquer pessoa que estiver sob tensão e estresse desmedidos fica sujeita a extravasar da pior maneira possível. O que indica o transtorno explosivo intermitente é a frequência: geralmente, três meses seguidos com mais de um episódio de descontrole da raiva por semana.
O tratamento consiste em sessões de terapia que auxiliem o indivíduo a descobrir as origens de sua irritação exacerbada.
6. Transtorno afetivo bipolar
Por fim, o transtorno afetivo bipolar se caracteriza por profundas mudanças de humor, que conduzem do céu à superfície em pouquíssimo tempo. Um dos sintomas desse distúrbio é a alternância de manifestações repentinas e extremamente otimistas com o desânimo total e aparentemente imutável.
Criar planos grandiosos para, logo em seguida, apontar todas as razões pelas quais nada daquilo vai se concretizar é outro sintoma comum. Cada um desses estados de euforia e depressão podem se restringir a dias ou se estender por semanas seguidas.
Durante a fase eufórica, os impulsos assumem o controle em múltiplos aspectos, que vão desde a alimentação às compras efetuadas em canais eletrônicos. Quando o lado obscuro predomina, toda aquela hiperatividade é substituída por um processo lento, pautado pela tristeza e, muitas vezes, pela ideação suicida.
Além das psicoterapias, os pacientes precisam recorrer a remédios que equilibram o humor.
Mesmo que você não tenha qualquer sintoma desses 6 tipos de transtornos mentais, conhecê-los é essencial para, se necessário ajudar quem precise de apoio. Caso sinta que essa seja a situação de algum familiar ou colega de faculdade ou trabalho próximo, tente conversar e mostrar que existe uma saída.
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