Análise de dados no RH: por que isso importa?
Do que é feito um RH estratégico? Ao longo dos últimos anos, muita coisa tem sido dita sobre como implementar esse modelo de gestão. Muitos querem, mas, na prática, poucos conseguem. Para chegar lá, a área de Recursos Humanos precisa dar um reboot em certos padrões burocráticos, a fim de andar em sintonia com o atual dinamismo que rege o mercado. O pensamento vale para o recrutamento e seleção, para o desenvolvimento de pessoas, para a gestão de benefícios e muitas outras frentes de atuação. Sejam quais forem as atribuições do seu time, uma coisa é certa: a análise de dados serve como uma bússola.
Já há algum tempo, os dados são o que diferencia as gestões amadoras das profissionais. Afinal, como se sabe, o achismo sempre levou o nada a lugar algum. O objetivo é ter menos feeling e mais precisão na hora de descrever, diagnosticar e prever problemas, além de criar hipóteses e criar soluções para as mais variadas circunstâncias.
Mas como praticar uma análise de dados no RH que aumente a felicidade corporativa e melhore os resultados do negócio, em uma relação na qual todo mundo só tem a ganhar? Venha descobrir com a gente!
Vantagens da análise de dados no RH
Recentemente, uma pesquisa da Infojobs trouxe algumas informações muito interessantes sobre a utilização de dados no RH. Um deles é enfático e inequívoco: mais de 95% dos profissionais da área afirmam que os dados são um poderoso recurso para o aprimoramento de diversos processos.
Para essas pessoas, é quase unanimidade que o aperfeiçoamento do employee experience esteja vinculado à implementação de uma cultura data driven. Claro que existem inúmeras outras vantagens de se trabalhar com dados. Vamos às duas principais!
Análise de múltiplos cenários
Nem faz muito tempo, estávamos mergulhados em uma crise sanitária global que ainda repercute seus efeitos. O momento de maior adversidade já passou e encontramos formas de seguir em frente. Contudo, o passado sempre nos serve como referência. Outras dificuldades, mesmo que em menor escala, podem surgir. A grande questão é se sua empresa está preparada para encarar esses desafios.
Conforme um estudo prévio, é possível projetar diferentes cenários e — principalmente — pensar em ajustes de rota com antecedência. Com a ajuda dos dados, você obtém insights que o fazem enxergar, com maior nitidez, quais são exatamente os pontos de atenção. Eles também jogam uma luz em oportunidades que, se aproveitadas, impulsionam o crescimento do negócio.
Crescimento esse que costuma ser caracterizado pela chegada de novas pessoas para a organização. Como saber quais são os candidatos ideais para ajudar a empresa a alçar voos maiores? Cabe ao RH saber qual é a configuração dos times para que tudo saia como o planejado. Com uma base sólida de dados confiáveis, as melhores possibilidades vêm à tona.
Gestão de tempo
As horas consumidas pelo excesso de tarefas manuais e repetitivas acabam com a energia dos colaboradores, contribuindo para a diminuição do engajamento e, consequentemente, da produtividade. No setor de benefícios, por exemplo, fica impraticável pensar de maneira estratégica e, ao mesmo tempo, ter de tirar dúvidas relacionadas ao uso dos planos de saúde a cada minuto.
Abarrotadas de tarefas, as pessoas da área de Recursos Humanos costumam demorar para responder, comportamento que repercute negativamente em quem deseja saber como utilizar os benefícios que a empresa oferece.
À medida que o acesso às informações é facilitado, os profissionais de RH ganham tempo, pois deixam de rodar em círculo e passam a passam a ter o que precisam na palma da mão. Além disso, os achismos perdem espaço para insights construídos com base na observação de dados.
Como efetuar essa análise?
Para avaliar como um grupo de elementos se comporta sozinho e mediante o cruzamento com outros conjuntos de dados, você precisa levar alguns fatores em consideração. Como em qualquer planejamento, esse cuidado prévio otimiza o tempo e gera resultados muito melhores lá na frente.
Determine as fontes de dados
As fontes são múltiplas, como eventuais ERPs (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial) e as variadas pesquisas (de clima organizacional, de satisfação interna, de engajamento etc.) feitas pelo RH ao longo do ano. O foco central consiste em garantir que o material seja confiável.
Tome como exemplo a equipe encarregada de gerenciar os benefícios corporativos. Na parte de plano de saúde, é fundamental avaliar como ele vem sendo usado pelos colaboradores, a fim de pensar em formas de amenizar o impacto sobre os gastos com assistência médica.
Diante do crescimento do número de afastamentos ligados aos quadros de piora da saúde mental, é necessário especificar a origem dos transtornos. Conforme as respostas coletadas, é possível ter uma ideia mais nítida quanto ao peso do estresse financeiro no declínio do bem-estar mental individual — relação estabelecida pela maioria dos profissionais.
Já o time voltado ao desenvolvimento de pessoas deve levar em conta quais são as soft e hard skills que devem ser priorizadas no próximo cronograma de treinamentos. Seja via coleta indireta, seja por meio de questionários rápidos, a coleta de bons dados é decisiva para a extração de informações relevantes.
Defina e avalie os indicadores adequadamente
Um dos desafios mais marcantes do RH e de outros departamentos das empresas consiste na definição das métricas adequadas. O importante é se certificar que os indicadores jamais sejam escolhidos de maneira aleatória. Esse descuido acontece mais do que se imagina justamente devido à ausência de uma cultura orientada a dados.
Essa seleção de parâmetros, entretanto, é somente parte do processo. Há, por exemplo, pessoas em posição de liderança que se perdem facilmente entre uma planilha e outra. Por sinal, é bom que se diga que, muitas vezes, os dados distribuídos naquele oceano de linhas e colunas estão corretos. O problema incide na combinação dos conjuntos de dados certos para cada caso. A incerteza acarreta erros que comprometem a análise que se pretendia fazer.
O clima de insegurança diante de determinado número que não parece fazer sentido é, inclusive, o que leva alguns gestores a desistir da análise de dados. Na verdade, é preciso recorrer a um sistema que já determine a melhor combinação entre os conjuntos de dados disponíveis de acordo com as respostas almejadas. Trata-se, portanto, de trabalhar com as ferramentas tecnológicas apropriadas, como um portal de gestão de benefícios.
A partir de uma boa análise de dados, o RH conhece as dimensões de cada adversidade de forma muito mais detalhada, o que enriquece a busca de soluções. Com ela, é possível aprender com o passado, compreender melhor o que acaba de acontecer, refinar as próximas projeções e identificar as melhores saídas mais rapidamente.
Como deixamos nas entrelinhas, o processo se torna ainda mais preciso e ágil quando temos à nossa disposição as ferramentas tecnológicas que facilitam a gestão. Também fica claro que a presença das pessoas certas, nos lugares certos, é indispensável para uma análise de dados contínua e eficaz. Em outras palavras, é necessário cuidar dos titulares e, ao mesmo tempo, buscar contrações que reforcem o time.
Pensando nisso, aproveite para ver quais são os atuais desafios da atração e retenção de talentos!