Como o engajamento no trabalho é impactado pela saúde dos colaboradores

Qual líder não gostaria de ver as pessoas do seu time totalmente empenhadas na busca das metas e dos objetivos da empresa? Esse anseio existe desde o início do mundo corporativo, mas parece que transformá-lo em realidade nunca foi tão complicado como agora. Não à toa, o engajamento no trabalho passou a ser um tema cada vez mais abordado por organizações de diferentes segmentos e tamanhos.

Entender a preocupação é simples, uma vez que a redução desse comprometimento reverbera estrondosamente na baixa da produtividade dos funcionários. Nessas circunstâncias, é só questão de tempo até que os resultados ruins apareçam em diversos relatórios — que vão do aumento da insatisfação dos clientes à queda de faturamento do negócio.

Para se precaver contra essas e outras consequências indesejáveis, você deve entender como a saúde dos colaboradores afeta seu nível de engajamento com a empresa. A partir daí, é possível fazer um diagnóstico preciso do problema e propor soluções que façam sentido para as pessoas.

Esse é o modo de agir de um RH humano e que inspira empatia. Que tal ser parte desse movimento? O primeiro passo é descobrir qual é a relação entre o bem-estar físico e mental dos funcionários e o compromisso profissional. Vamos lá!

Qual a diferença entre engajamento e motivação?

Antes de abordar a relação entre engajamento e saúde no ambiente de trabalho, temos que desfazer um equívoco comum. Acredite: isso é essencial para que você consiga ter o tão sonhado e almejado time de alta performance

Quase sempre que o tema engajamento aparece, a motivação entra no meio da conversa. Isso acontece porque algumas pessoas se confundem, acreditando que engajar e motivar são a mesma coisa. Na verdade, não é bem assim.

Na prática, os times de RH podem (e devem) pensar em novas maneiras de estimular os colaboradores da organização. Isso se aplica aos diferentes setores de Recursos Humanos da empresa. A equipe de remuneração e benefícios, por exemplo, pode propor alguma novidade capaz de animar muita gente, o que tende a proporcionar uma melhoria generalizada de resultados.

Repare, entretanto, que muita gente não é todo mundo. E é justamente aqui que encontramos a diferença entre motivação e engajamento. Motivar nada mais é do que acionar a energia necessária para que alguém (um indivíduo) efetue uma determinada ação.

Em outras palavras, trata-se daquilo que nos leva a sair do lugar. Isso vale para desde o ato de se levantar da cama até a pausa para tomar uma água ou um café. Há quem acelere o ritmo para terminar uma tarefa logo e, assim, conseguir ir almoçar com os colegas, por exemplo.

A mesma estratégia de motivação costuma causar respostas distintas, o que deriva do peso do fator individual. Antes de condicionar um jantar especial ao alcance de uma meta, verifique se o lugar selecionado é o ideal. Talvez existam colaboradores com intolerância a alguns alimentos, por exemplo.

Já o engajamento está ligado a um processo mais abrangente de compromisso que move um verdadeiro coletivo. Para resumir, trata-se do elemento que une as pessoas de uma organização em prol de algo maior. Se, enquanto lia, você pensou em propósito organizacional, sinal de que está no caminho certo.

Enquanto a motivação atua como uma espécie de catalisador (interno ou externo), o comprometimento profissional é o que mantém a continuidade do movimento em busca dos objetivos de médio e longo prazo. No fim das contas, esse é um dos diferenciais mais relevantes das empresas que são referência em suas áreas de atuação.

As lideranças dessas organizações sabem que o seu sucesso depende fundamentalmente do grau de envolvimento de seus stakeholders com a marca. O ponto é que as primeiras pessoas a se engajarem com a causa devem ser os colaboradores. Sem a participação ativa dessa comunidade interna, nada acontece — simples assim.

Por que o engajamento no trabalho depende da saúde dos colaboradores?

Desfeita a confusão entre motivação e engajamento, ficou evidente que ambos os conceitos são decisivos para qualquer empresa com grandes ambições no mercado. Agora, queremos chamar sua atenção para o elemento mais importante dessa história: o bem-estar das pessoas. Jamais se esqueça desse detalhe.

Como seres humanos que somos, estamos sujeitos a sofrer oscilações de desempenho a qualquer momento. Principalmente no mundo de hoje, caracterizado por um dinamismo acelerado e difícil de ser acompanhado em tempo real, nossa saúde física e mental tende a ficar mais vulnerável.

O resultado é que o corpo sente e fala. Muitas vezes, ele grita mesmo. Diante de um incômodo corporal, psicológico ou emocional, pode ter certeza que o desempenho ficará aquém do esperado. Em casos mais graves, a empresa começa a lidar com o crescimento descontrolado das taxas de absenteísmo e turnover.

O cenário causa prejuízos financeiros, ampliados pela perda de talentos, tomados por crises de ansiedade e pela iminência de um burnout. No ritmo atual, só para se ter uma ideia, a expectativa é de que a economia mundial perca aproximadamente US$ 1 trilhão por ano em decorrência de episódios relacionados à saúde mental.

Em meio a esses eventos, nada menos surpreendente do que o enfraquecimento do relacionamento entre as pessoas e a marca do negócio. Consequentemente, o engajamento no trabalho entra em queda livre, o que compromete a produtividade individual e coletiva.

Naturalmente, a tarefa de resolver esse enorme problema cai nas mãos dos times de Recursos Humanos. Do RH, espera-se nada a menos do que a apresentação de soluções capazes de manter todo mundo engajado e produtivo. As saídas devem apontar para caminhos que:

  • proporcionem ambientes de trabalho psicologicamente saudáveis;

  • ofereçam suporte adequado ao uso dos planos de saúde;

  • promovam ações ligadas à medicina preventiva;

  • fortaleçam o propósito organizacional.

Mas como verificar se a causa da baixa do engajamento deriva mesmo do estado de saúde dos funcionários? Basicamente, evite qualquer forma de achismo e conclusões enviesadas por experiências pessoais anteriores. Seu time precisa de um conjunto de dados sólidos e confiáveis, que permitam a extração de informações úteis.

O intuito principal consiste em monitorar a saúde de cada pessoa colaboradora da empresa. Isso é perfeitamente possível, desde que você tenha à disposição uma plataforma de gestão de benefícios de saúde que forneça os dados necessários em tempo real.

Uma vez que esteja munido de todos os detalhes, o planejamento de prevenção de saúde dos colaboradores se torna muito mais efetivo. Afinal, ele passa a se embasar em informações reais, coletadas continuamente junto aos colaboradores da sua empresa.

A partir do momento que você e sua equipe de RH começam a conhecer melhor a saúde dos talentos da empresa, a qualidade do relacionamento entre todos só melhora. Afinal, a atitude demonstra que a preocupação com o bem-estar das pessoas é verdadeiro e não somente uma estratégia de persuasão emocional. É assim que se promove a felicidade corporativa.

Ao se sentirem cuidados, os profissionais passam a se identificar mais com o propósito da empresa. Ao mesmo tempo, eles ampliam a dedicação às suas atividades cotidianas de maneira espontânea. De modo geral, esse comportamento é o responsável por gerar um engajamento no trabalho que seja orgânico e alinhado com a saúde dos colaboradores. Depois, é só mantê-lo em um nível desejável.

Quer uma dica que faz toda a diferença nesse processo? Saiba como criar um plano de prevenção de saúde na prática!

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