Prevenção de saúde: como o RH cuida melhor dos colaboradores
Quem gerencia o RH de uma grande empresa pode ter uma grande dor de cabeça com o excesso de faltas, com o afastamento constante de colaboradores por problemas médicos e com o crescimento do turnover. Além de aumentar os gastos com novos processos de recrutamento e seleção, esse cenário também prejudica o clima organizacional. Afinal, as pessoas que ficam não se sentem nada confortáveis com esse fluxo contínuo de entradas e saídas. Para evitar tudo isso, você deve priorizar a prevenção de saúde dos colaboradores.
Isso significa que, em um primeiro momento, é preciso criar um programa de saúde e bem-estar atraente e alinhado às verdadeiras necessidades dos funcionários. Em seguida, é fundamental assegurar que as pessoas utilizem os planos disponíveis da maneira adequada.
Negligenciado pela maioria dos RHs das organizações de grande porte, esse é um ponto que merece sua atenção. Além de ampliar o engajamento interno, você ainda economiza recursos financeiros, já que diminui a sinistralidade.
Resta apenas saber como promover a prevenção de saúde de seus colaboradores de um jeito eficaz. Tem interesse? Fique com a gente nas próximas linhas e descubra!
Mapeie a saúde de seus colaboradores
Direto ao ponto, a primeira coisa a ser feita é verificar como anda a saúde de todas as pessoas da sua empresa. Como em qualquer outro problema que necessite de um plano de ação meticuloso, é preciso ir até suas raízes. Assim, você efetua um diagnóstico preciso, essencial para definir linhas de ação coerentes com cada caso.
Após todo esse mapeamento, fica fácil identificar o estado de saúde de cada funcionário. Dessa forma, é possível separá-los e classificá-los como pessoas:
saudáveis;
fora de grupos de risco, mas que requerem um acompanhamento mais de perto;
pertencentes a um grupo de risco.
As classificações de saúde, evidentemente, podem ir além e exibir outros agrupamentos mais específicos. De todo modo, a divisão que mostramos já é um ótimo começo, principalmente se sua empresa nunca fez um monitoramento de saúde aprofundado de seus colaboradores. Em resumo, o mais importante é começar a agir de alguma forma. O detalhamento e o aprimoramento vêm com o tempo.
Com relação a esses grupos de risco, lembre-se que eles estão ligados a doenças crônicas, que podem ser de ordem:
cardiovascular — hipertensão, insuficiência cardíaca, endocardite (inflamação de um tecido que protege o coração) etc.;
metabólica — dislipidemia (excesso de gordura na corrente sanguínea), diabetes, obesidade etc.;
respiratória —rinite alérgica, pneumonia, asma etc.
Esses são apenas alguns exemplos de condições médicas preocupantes e que exigem tratamento apropriado por um longo período. A lista, como você pode imaginar, varia bastante e vai longe. Quer só um exemplo? Os distúrbios mentais, como a depressão, ou emocionais, como a síndrome de burnout.
Fundamental dizer que a estruturação de dados comentada aqui necessita de uma plataforma de gestão de benefícios desenvolvida para coletá-los e disponibilizá-los em um só lugar. Também é preciso que o sistema mantenha plena integração com as atualizações das seguradoras de saúde. Por fim, tudo deve seguir à risca as diretrizes da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Uma vez que tenha o mapeamento completo, tenha em mente que é vital passar a acompanhar a evolução (positiva ou negativa) de cada quadro. Afinal, não se trata de condições estáticas — muito pelo contrário.
Monte programas de medicina preventiva na empresa
A partir da observação e análise apurada dos dados, você tem a oportunidade de enxergar com nitidez quais são os pontos críticos e que, portanto, merecem maior atenção. Tudo, na verdade, requer um olhar atencioso. A questão é que até o estabelecimento de prioridades se torna uma tarefa descomplicada.
Entre as causas mais comuns de afastamento do trabalho, a saúde mental segue como destaque negativo. Mas como essa informação, coletada em pesquisas com diversas organizações, faz parte da realidade da sua empresa? Precisamos medir e monitorar para justamente indicar quais são as necessidades dos profissionais.
A união de dados relevantes ao contexto local fornece aspectos importantes e que devem ser considerados durante a criação de programas de medicina preventiva. A ideia é proporcionar uma rede de tratamento que esteja em sintonia com a demanda dos colaboradores por psicólogos, psiquiatras, cardiologistas, endocrinologistas etc.
Não seria ótimo ter uma previsão melhor quanto ao risco de alguém vir a sofrer um episódio de esgotamento profissional (burnout) e agir com antecedência? O processo fica ainda melhor quando você conta com o suporte de uma equipe multidisciplinar de enfermeiras. Com base em um atendimento humanizado, elas estão preparadas para, entre outras coisas:
ajudar o colaborador a encontrar o especialista mais adequado para o seu caso;
fornecer orientações ligadas à prevenção de saúde;
tirar dúvidas associadas a exames;
buscar a unidade de atendimento mais próxima.
Promova campanhas de prevenção, conscientização e de autocuidado
A fim de potencializar a prevenção da saúde, também vale a pena se atentar às campanhas relacionadas à adoção de melhores hábitos de vida. Nesse sentido, é interessante pensar em meios de incentivar a alimentação saudável e a prática regular de atividades físicas. Promover palestras com especialistas, divulgar dicas nas redes sociais e convidar as lideranças a darem o exemplo. Tudo isso é válido e gera bons resultados.
Simultaneamente, não se esqueça dos meses mais marcantes do ano, como o Setembro Amarelo, o Outubro Rosa e o Novembro Azul — só para mencionar 3. Esses períodos são uma oportunidade para promover uma profunda reflexão sobre o tema da vez e, enquanto isso, ressaltar a importância do uso apropriado dos planos de saúde.
Como demonstramos, a função do RH vai muito além de conceder um bom convênio médico e odontológico. Ela tampouco se limita a criação de campanhas específicas, como o Setembro Amarelo. Sem dúvida alguma, esse movimento de conscientização é essencial. Contudo, eles devem ser respaldados por medidas práticas e efetivas.
Ao seguir essas dicas, você e seu time de RH passarão a ter uma visão bem mais detalhada quanto ao nível de bem-estar físico, mental e emocional dos colaboradores. Esse é o caminho para priorizar a prevenção de saúde no trabalho e fazer com que as pessoas mais valiosas da empresa se sintam amparadas e, de fato, cuidadas. Pode ter certeza que o gesto será retribuído com mais dedicação e produtividade — e o melhor de tudo: de forma espontânea.
Por falar nisso, aproveite para conferir como a qualidade benefícios corporativos impacta o seu engajamento!