Saúde mental no trabalho: a importância de se desconectar, descansar e renovar a energia

O estresse faz parte da vida humana desde as primeiras populações e suas tentativas de se relacionar com o meio e os demais seres vivos. No que chamamos de mundo moderno, entretanto, os predadores que ameaçam nossa existência diariamente são diferentes. Em troca de animais vorazes e ferozes, muitas vezes sorrateiros, surgem outros fatores que pioram o bem-estar e, mais especificamente, a saúde mental no trabalho

Nas empresas brasileiras, a situação do mal-estar mental já é tratada como uma epidemia. Os transtornos mentais relacionados ao trabalho (TMRT) aparecem como doença ocupacional grave. Afinal, estamos falando sobre a terceira maior razão dos pedidos de afastamento dos colaboradores brasileiros. 

Para 70% dos colaboradores, a rotina de trabalho é mais estressante do que o suportável. Desse total, mais da metade admite conviver com crises de tempos em tempos. No mundo corporativo, o estresse é crônico por natureza e atinge os funcionários em cheio dia sim e no outro também. 

Isso porque o problema é constantemente alimentado pela incompatibilidade de prazos e demandas, sobrecarga de trabalho, autocobrança excessiva e remuneração insuficiente para enfrentar a inflação vigente. 

A lista acima já seria o bastante para abalar, de vez em quando, até mesmo os funcionários que exibem uma saúde mental e emocional considerada robusta. Há dois itens, entretanto, que vêm chamando a atenção: a dificuldade de se desconectar do trabalho e a demora para tirar as devidas férias.  

Quanto mais tempo as pessoas permanecem trabalhando dia após dia, sem respeitar intervalos e sem desfrutar do devido recesso remunerado, maior é o desgaste que elas sofrem. 

Por outro lado, quem consegue se desconectar de suas obrigações profissionais depois do expediente e durante as férias costuma usufruir de uma vida menos estressante. 

Para as organizações, a adesão a soluções que realmente ajudam a amenizar a carga de estresse dos profissionais é vital para o presente e o futuro dos negócios. Basta lembrar que essa iniciativa é pré-requisito para contar com times mais produtivos, criativos e rentáveis

Essas conclusões aparecem em diversos estudos, como o Recovery from Work (Recuperação do Trabalho), e no artigo Stop Overworking After Vacation (Evite o excesso de trabalho na volta das férias), publicado na Harvard Business Review. 

A diminuição do estresse no ambiente de trabalho está intimamente ligada ao modo como o RH e as demais lideranças da empresa lidam com a questão. A seguir, compartilhamos algumas ações importantes para obter os melhores resultados em menos tempo. 

Avalie o clima organizacional  

A pesquisa de clima traça um mapeamento geral a respeito das vulnerabilidades que adoecem a organização. O ideal é que a coleta de respostas seja feita de maneira anônima. Esse cuidado não apenas aumenta a adesão dos colaboradores como também costuma refinar as respostas das questões dissertativas.  

Certifique-se de que o formulário mescle perguntas fechadas com abertas que abranjam a maior quantidade possível de aspectos, como:  

  • condições de trabalho;  

  • ambiente de trabalho;  

  • relacionamento interpessoal com colegas;  

  • rotinas de trabalho;  

  • tratamento dado pelas lideranças;  

  • infraestrutura tecnológica;  

  • satisfação com o pacote de benefícios;  

  • disponibilidade do RH.   

Monitore o eNPS  

Geralmente, uma boa análise de clima já revela como anda o nível de satisfação dos colaboradores com a empresa em que trabalham. Para detalhar essa percepção, é altamente indicado mensurar o eNPS (Employee Net Promoter Score) regularmente.  

Apesar de simplificado, esse método funciona como uma espécie de termômetro da eficácia das medidas empregadas em prol do bem-estar do público interno. Ao apontar o nível de lealdade dos funcionários, o indicador pode ser uma forma de medir se a organização está ou não no caminho certo como as lideranças imaginam. 

Fomente uma cultura de trabalho saudável 

Cabe ao RH reorientar os colaboradores para que eles aprendam e se acostumem a dosar as próprias energias. Seja por alguma baixa autoestima, seja pela sensação de pressão exercida pelo chefe de setor, há aqueles profissionais que apresentam muita dificuldade para efetuar pausas — que são um direito. Alguns adquirem o hábito de sequer cumprir o horário de almoço. 

Essa rotina serve para atingir um único propósito: desenvolver uma cultura de trabalho tóxica e que conduz ao esgotamento profissional. As vantagens momentâneas de se trabalhar em um ritmo acelerado o tempo todo, que podem até durar meses ou alguns anos, não compensam o risco de um burnout

Na frequência ideal, a comunicação interna ajuda a fixar o compromisso assumido pela marca empregadora com relação à saúde mental de seus profissionais. Com o passar do tempo, isso gera credibilidade. Também vale a pena pensar em eventos que relacionam o estresse à saúde mental durante o Janeiro Branco

Envolva as lideranças 

Todos os pontos anteriores são decisivos para o sucesso da mudança de cultura que se tem em vista. No entanto, a eliminação das jornadas de trabalho ininterruptas e a adoção de novos hábitos ainda dependem dos gestores. Tudo deve ser feito com o interesse, apoio e, sobretudo, participação das lideranças das equipes

O objetivo é cultivar uma cultura de trabalho menos exaustiva e mais alinhada ao bem-estar mental e emocional. Para que seja incorporada à dinâmica da empresa, essa transformação precisa ser praticada diariamente, e não apenas durante um dia, mês ou trimestre. 

Por esse motivo, é vital demonstrar aos gestores que os intervalos (curtos ou longos) beneficiam o desempenho individual e coletivo. Basicamente, vale a pena enfatizar a diferença entre o sprint final (aquele esforço extra momentâneo) de alguns dias específicos com aquele trabalho diário incessante e dobrado. 

Mostre a importância de a empresa, como um todo, respeitar e compreender a necessidade de todos os períodos de descanso — dos intradiários às férias. Se houver excesso de demanda ou pouca gente disponível para realizar as tarefas, isso indica a necessidade de reforçar o time ou adequar o volume de atividades. 

Otimize o uso do plano de saúde 

Com frequência, a retomada e a manutenção do equilíbrio psíquico requerem o suporte de especialistas em saúde mental, como psicólogos, psiquiatras e psicanalistas. Entre outras coisas, as psicoterapias são poderosas aliadas na busca das origens e tratamento do estresse excessivo e de outros problemas associados a ele, como a ansiedade generalizada. 

Além de se atentar à qualidade dos serviços e da cobertura da rede disponível, customize a experiência do colaborador durante a utilização da assistência médica oferecida pela empresa. 

Muitas pessoas não conseguem usar o plano de saúde como gostariam devido à desinformação e à falta de suporte especializado e individualizado. Como solução, vale a pena experimentar o uso de um concierge inteiramente dedicado ao colaborador.  

Dessa maneira, os funcionários passam a contar com um atendimento personalizado na hora de esclarecer dúvidas sobre exames e procedimentos médicos, além de agendar consultas. Também é possível receber toda a assistência necessária antes, durante e depois de eventuais tratamentos.  

Esse cuidado reduz os gastos da empresa com o plano de saúde em cerca de 20%, além de ajudar na queda das taxas de absenteísmo e dos pedidos de afastamento do trabalho. À base de geração de dados úteis e acompanhamento contínuo, a abordagem é preditiva e preventiva, e não somente curativa. 

Cuidando do RH para que ele possa cuidar melhor de todos 

A tarefa de zelar pelo bem-estar físico, mental e emocional dos funcionários é de todos, principalmente das lideranças de cada departamento. Na prática, entretanto, a maior responsabilidade recai sobre os ombros dos profissionais de RH, que tendem a ficar sensíveis a essa carga. 

Para promover a saúde e o bem-estar dos demais colaboradores, o RH precisa cuidar melhor de si. Antes de mais nada, é necessário verificar como está a saúde organizacional da área de Recursos Humanos sob o ponto de vista estrutural, pessoal e, como não poderia deixar de ser, humano. 

É por isso que o concierge de saúde da Sanus cuida de todos os colaboradores, a começar pelos próprios profissionais do RH. Sabemos que falta tempo e sobram funcionários repletos de dúvidas relacionadas à assistência médica oferecida pela empresa. 

Dar a devida atenção à causa é benéfico para os funcionários e crucial para a conquista dos objetivos organizacionais. Mas são tantas incertezas e mensagens para responder que, quem deveria ser a base de sustentação, revela-se estar adoecido. Se 98% dos colaboradores de RH se sentem exaustos, algo está muito errado. 

Em 2020, quase 80% dos colaboradores já mencionavam a assistência médica como o benefício corporativo mais importante. No ano seguinte, esse número saltou para 96,7%. O resultado demonstra que a qualidade dos planos de saúde oferecidos pelas empresas aos funcionários e a seus dependentes deve ter prioridade máxima. 

Esses dados revelam por que a gestão dos benefícios de saúde é uma das grandes preocupações do RH de qualquer empresa. Também explicam, em parte, por que a área se sente tão sobrecarregada. 

Com a ajuda da Sanus, o gerenciamento da saúde dos colaboradores passa a ser simplificado e facilitado. Coletamos dados que otimizam a tomada de decisão, customizamos trilhas de autocuidado e prestamos suporte aos funcionários nas mais variadas circunstâncias. 

Antes de agendar uma consulta, por exemplo, temos o tato de entender cada caso de maneira individualizada, com o auxílio dos especialistas adequados. Feita essa análise prévia, garantimos o direcionamento apropriado conforme o plano de saúde disponível. 

Outro ponto importante é que permanecemos ao lado dos colaboradores e de seus familiares (beneficiários do plano de saúde oferecido) do início ao fim da jornada. No caso específico da saúde mental e controle do estresse, oferecemos plantões terapêuticos. Eles são indicados para quem precisar de atendimento urgente ou de caráter emergencial.  

O crescimento do estresse no ambiente de trabalho pede a adoção de soluções desenhadas para acabar com os gargalos e promover mais qualidade de vida aos colaboradores. E, ao contrário do que possa parecer, essa transformação pode ser feita sem comprometer o orçamento do RH. 

Além de aumentar o engajamento em cerca de 70%, a Sanus gera uma redução de 25% dos custos do pacote de benefícios ligados à assistência médica. Com essa economia, o RH poderia negociar mais recursos para destinar a outras áreas igualmente relevantes. 

Se são esses os resultados que você almeja, não perca mais tempo. Converse agora mesmo com um de nossos consultores e descubra as vantagens exclusivas da Sanus!

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Imagem: Freepik

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